sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Poitára



É como se um sentimento anulasse o outro, mas este que anula é bom, ou seja, você não consegue ter um sentimento ruim.
Aquela fumaça que é soprada em todos os cantos, acaba se espalhando e entrando nas palhas e consequentemente em mim.
Espanta aqueles sentimentos e aqueles espíritos que causam coisas ruins e negativas.
Quando se entra em tal ambiente, tudo se clareia e o ar fica leve junto comigo.
A harmonia do local, o amor entre seus habitantes, a calma que é passada é tão única, não precisa.
Eu realmente necessitava de uma paz e um retiro espiritual desses, porque sinto que o ar da cidade e o meio em que eu estava, possuía mau esp
írito.
E, então quando me conecto com a reza, com o ritual, com a tradição, me transporto pra fora do que é dispensável, como bens materiais e certas pessoas.
A natureza é feita pra mim e está sempre a meu favor quando eu correspondo da mesma forma.
E de que mais precisamos se não os amigos mais confiáveis e a paz interior que todos precisam?
Tudo é muito simples e complicamos só pra criar empecilho
mesmo que não estejamos, de fato, ligados nisso.
Não importam as religiões, importa o que você busca que é o que todos buscam: paz, amor, harmonia.
O seu Deus é o mesmo que o meu e assim seguimos numa irmandade a base de respeito.

Ayahuasca

Possui nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica:
o cipó Banisteriopsis caapi (caapi ou douradinho) e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona).

“Os enteógenos são uma nova fronteira, única em nossa exploração do universo.” Richard Yensen

Segundo linhas tradicionais de uso, a ingestão dessa bebida pode provocar a absorção do “Espírito da Planta”.
Os sentidos são expandidos, os processos mentais e as emoções tornam-se mais profundos.
A jornada pode mover-se em muitas dimensões: o vôo da alma, a partida do espírito do corpo físico, uma sensação de flutuar etc.
A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis, insights, produzir catarses e conseqüentes experiências de renovação e de renascimento;
visões arquetípicas, de animais, de espíritos elementais, de cenas de vidas passadas, de divindades etc.
Abre-se o portal para outras formas de realidade.



"Ora se digo buscar a paz, mas falo mal do caminho espiritual do meu próximo, considerando-o equivocado, “primitivo”, “rival” ou “do demônio”, etc.
Na prática não estou trabalhando pela Paz mas pela desunião, e fortaleço o fantasma da injustiça e desigualdade entre os Filhos de Deus.
Assim se trabalha pela competição, destruição e pela guerra."
Philippe Bandeira de Melo

Haux! (saudação à todos os espíritos)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sensação

De fato, não sei exatamente o que se passa dentro do meu coração e da minha cabeça.
Entendo que um tenta justificar o outro e procurar soluções plausíveis para o caso que é simples de ser resolvido.
Preciso ser mais objetiva, mas ao mesmo tempo pensar mais no que realmente quero.
Sinto saudade dos tempos em que não me preocupava com o dia de amanhã e dispensava essas drágeas que me fazem relaxar mas mantém meus pensamentos ainda ligados.
Às vezes sinto paz, uma paz seguida de raiva e ódio.
Sentimentos tão intensos que começam e terminam em frações de segundos e que são inexplicáveis.
Uma hora tenho certeza e em outras certezas por coisas tão distintas àquelas que eu acreditava piamente.
Hoje eu já não sei, de fato, o que quero, mas sinto que no fundo tem coisas ainda não suficientemente claras que fico camuflando de graça.
Ao em vez de deixar aflorar belas e dramáticas cenas providas de amor que me toma e cega-me.
Em uma hora vou parar e sentir dor por ter proibido de nascer e crescer algo natural e que parte do íntimo.
Acabo me viciando em apoios para sustentar-me enquanto fico caindo pelas tabelas.
Olha o meu drama latino, olha o meu amor, olha o meu inferno.
Inferno que ora amo, ora desprezo, ora preciso, ora dispenso.
Fica tudo tão confuso, fica tudo tão claro.
Quero tudo e ao mesmo tempo um só, uma só.
Me estranho por me deparar com o espelho e ver que não conheço absolutamente nada de nada.
Eu quero distância, eu quero sentimento.
Cada momento sinto que estou vivendo, sinto que estou morrendo.
Estranho tudo.
Não há despedidas.