terça-feira, 15 de julho de 2008

Egoísmo

É tão estranho como as coisas mudam...
A uns dias atrás eu tinha pessoas mais que especiais perto de mim e num passe de mágica eu consegui perdê-las.
Nem me importei com isso. No início! Até eu perceber que não as terei de volta, ou talvez terei, mas isso é bastante incerto.
Outras pessoas eu perdi e pedi pra sempre. Passaram-se momentos únicos, singulares, que foram tratados com banalidade e hoje eu vejo que tudo seria diferente se eu tivesse agido com mais humanidade, com mais amor, delicadeza. São muitos "se", tantos que eu se fosse contá-los, jamais chegaria ao final, e com certeza estaria me debulhando em lágrimas.
A um tempo atrás eu estava apaixonada, mais do que o esperado, e mais um vez, em muitos momentos, falei o que não devia e guardei pra mim o que devia, e aí chegaram situações que a gente fica sem saber o que fazer e mais um vez, faz errado ao em vez de esperar a hora certa. Quando terei outra chance? Melhor perguntar: Terei outra chance? E se a resposta for não? Como fica?
Somos todos egoístas por não querer abrir mão de certos caprichos por certas pessoas que são importantes mas não vemos isso. Mas uma hora veremos, acredito que mais tarde seria a forma mais dolorosa, porque quanto mais demora, mais difícil fica pra reverter. Se ao menos todos nós tivéssemos consciência de que poderá ser a última vez que passamos por aquilo e com aquela pessoa, tudo seria tão diferente, seriamos mais felizes e daríamos mais valor a nós mesmo, porque se não damos valor aqueles que nos dá, é porque nós mesmo não nos damos valor.
Oras... Quem sou eu pra ficar aqui falando isso? Hipócrita! Eu sei bem tudo isso na teoria, mas jamais vou aprender a praticar. O que resta fazer é lamentar, ou simplesmente ser frio e passar uma borracha em tudo, borracha esta que não apaga nada, tudo fingimento. Passa horas do dia, da noite, tentando segurar lágrimas de arrependimento e aí para, pensa e então vem o "se". "Se eu tivesse feito aquilo..."
As pessoas, os minutos, as horas, os lugares, aquela data, são únicas e não voltam. Não será daquela forma, daquela maneira. Depois de tudo isso, das fases chorosas, olheiras, etc, vem aquela dor, a maior delas, de ver o quanto a tal pessoa está feliz e não é você quem a faz feliz. Poderia ter feito, mas... não fez e, portanto, não fará. Desejar sorte e felicidades ou exatamente o oposto? Confesso que as vezes eu desejo o oposto, mesmo sabendo que ele vai voltar pra mim. Quero que aquilo se acabe e que eu entre em cena pra estragar tudo novamente.
Hoje eu estou alimentando sonhos, desejos. Os meus, claro. Cansei de alimentar sonhos e desejos nos outros e não conseguir ou não querer cumpri-los. Aliás isso é a maior covardia que o homem pode fazer.
Passei por isso a pouquíssimo tempo e aprendi. "Não faça com os outros o que você não quer que façam com você".
Voltar e pedir perdão é uma dádiva que o ser humano precisa aprender e outros a aperfeiçoar. Não que essa palavra vá mudar o que aconteceu, mas alivia o peso da culpa. O negócio agora é ter a chance de conseguir pedir perdão.
frustrante pro homem ter que aceitar como possibilidade ou saída, algo que ele não quer. Mudar o foco ou a interpretação é abrir mão da sua verdade, que certa ou não, é sua, e abrir mão sempre dói.
Somos egoístas."
Devemos viver cada minuto como se fosse o último.
Já dizia Shakespeare em o "Menestrel":
"Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa…por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas;"
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."

Nenhum comentário: